sexta-feira, 30 de março de 2012

Com polícia não se brinca

Antes de qualquer coisa, queria frisar que eu realmente acredito que os policiais honestos ainda são maioria. Infelizmente, a gente esbarra com uns espíritos de porco por aí.

Daí teve um dia que eu estava passeando de carro com um amigo. Vida de interior. Não tem nada pra fazer. 
- Vamos passear de carro, rodar pela cidade? 
- Eba! Vamoooos! \o/
Ok. No meio do caminho havia uma pedra, uns amigos pediram carona até uma baladinha... hum... peculiar. Não tinha nada pra fazer mesmo, então fomos até a porta do local. Aquela da Josi. Juro que a gente não entrou! Juro juradinho!
Na época, a casa era tão barra pesada que vivia com polícia na porta. Mas daquela vez, não eram exatamente homens da lei:

Queria informar que eu tenho uma TPM MUITO BIZARRA. Tipo desde sempre.

Policial: - Encosta o carro!
Amigo: - Ai, fodeu! Esqueci minha carteira em casa!
Eu: - Aaah, que se foda! Não vai dar nada...
Bibas da carona: - Aaaaiii, mas o guarda é liiiindo! Topo um suborno (quem quiser e não tiver nível,  pode ler boquete)!
Policial: - Documentos.
Enquanto pedia os documentos, também revistava a todos.
Eu: - Mas neeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem fodendo você vai me revistar! Você é homem. Policial homem não pode me revistar mulher! Se quiser, esvazio a bolsa aqui na sua frente. Mas em mim, você n-ã-o   e-n-c-o-s-t-a!

Meu amigo ficou fúcsia.

Amigo: - Amiga, para. Deixa o moço te revistar... pelo amor de Deus...
Eu: - Mas nem fodendo! Quem ele pensa que é? Pffffff...

Continuei destilando meu ódio para o policial que, já sem paciência e com um fuzil (juro por Deus!) à tiracolo, disse:

- Você é muito abusada, garota. Você sabe quantos homicídios eu tenho nas costas??
 
 Então eu respondi, linda e sem medo da morte, com as mãos na cintura e pés batendo no chão:
 
- Aaaaah, jura? Você acha isso bonito?Acha que isso é onda? Fala sério!

Meu amigo ficou bege. Pensei que ele fosse desmaiar.

O policial, louco de raiva, perguntou ao motorista se eu sob efeito de álcool ou entorpecentes. Meu amigo respondeu que não, que eu era aquela lindeza mesmo, que eram só meus hormônios falando por mim. E então meu amigo desembolsou os únicos R$ 20 que tinha e o policial saiu feliz, porque ganhou uma cerveja.

Acho que depois disso nunca mais passeamos de carro à toa.

Amigo, sinto saudades das nossas Voltas Redondas.

Em tempo: eu virei gente e nunca mais desafiei ninguém com uma arma. Depois disso, até fui assaltada por um cara com uma faquinha de patê.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Tá pensando que travesti é bagunça?

Antes de qualquer coisa, vou esclarecer uma coisa muito triste: andaram desconfiando de mim e me perguntam se as histórias que eu conto aqui no blog são verdadeiras. A grande merda verdade é que infelizmente eu tenho um azar da porra uma vida um tanto peculiar. Portanto, é tudo verdade. 

Quem é que nunca ouviu a história do amigo de um amigo que foi pra balada e pegou um travesti porque estava bêbado ou se enganou porque a moça de tromba era linda e feminina demais?
Olha... acontece com todo mundo. Comigo foi aos 19.
Passava das 23h de uma sexta-feira e eu já estava louca do cu pra lá de Bagdá. Eu havia bebido na casa de uma amiga e sua namorada, quando uma das duas teve a brilhante ideia de irmos ao bar gay da cidade. Esclarecendo que não era apenas um bar gay. Era o lugar mais xexelento do mundo inteirinho! Sem pestanejar, aceitei, porque né? Que bêbado não quer dançar como se não houvesse amanhã, e o melhor: sem nenhum Mister Punheta enchendo o saco com "você vem sempre aqui?"?
Chegamos ao local e me lembro de ter dançado como nunca antes na vida. O casal de meninas que me acompanhava foi para o bar, mas pela primeira vez eu não me importei em dançar sozinha. Também, naquele estado (atenção: esta será uma desculpa frequente durante este post!)...
Quando eu estava tão bêbada que comecei a ficar triste com a falta de homens hétero no local, um viadinho liiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo começou a me encarar muito. E eu pensando: “Nossa, devo estar linda mesmo, dançando muito bem, porque o cara é gay e ta me dando um mole absurdo! Uau! Que sex appeal!”
O gatinho se aproximou e perguntou se podia dançar comigo. Claro que podia! VENK! Conversávamos sobre tudo, ríamos horrores, e eu pensando: “Caaaara, não é possível! Será que converti o rapaz?”
Então ele me pediu um beijo.
– Ué, você é bi? – questionei, surpresa
– Sou sim! :D – ele respondeu
Pronto, beijei! As meninas que estavam comigo começaram a me olhar estranho. Eu, tirando u-m-a  o-n-d-a, não entendi nada.
Putz! O papo estava tão bom que não perguntei o nome dele! <o>
– Jose – disse o rapaz.
– Jose? Que engraçado... Josemar? – perguntei
Foi quando ele disse: – Não... Joseane...

FRANCAMEANSH, EU FALECI! Como eu não percebi peitos? Como não parei pra pensar que a voz mais fininha podia não ser de um menino afeminado, mas sim de uma menina? Aí entendi por que minhas amigas apontavam e riam da minha cara.
Vou dizer que detestei? Não! Foi bacaaaana, mas fiquei tão chocada que disse que ia ao bar e nunca mais voltei. Mentira. Voltei sim! Mas não pra ela!
E então, cada vez que um amigo me conta uma história de um amigo que pegou um cara desavisado, penso: “Como estará Jose, o meu travesti da balada?”

quinta-feira, 1 de março de 2012

O retorno da Pseudologia Fantástica (ou falta de palmada)

Depois do Diogo, decidi que eu deveria ter um relacionamento sério, mas eu não queria mais que fosse um menino imaginário, sabe? Eu queria alguém... real, tangível!
Então eu conheci (Juro que conheci mesmo desta vez!) o Finha, um sonho de menino. Era amigo de um primo que era meu melhor amigo na época. Eles moravam na cidade vizinha.
Finha, o lindinho, tinha 12 anos, era loirinho, magrelinho, tinha os olhos verdes e, ah, sabe... a gente brincava junto. Eu achava que rolava um climão maneiro! <3
Então tomei minha decisão: - VOU NAMORAR ESSE MENINO mesmo que ele não saiba!
Gente, eu era tão doida, mas TÃO DOIDA que até escrevia no meu diário sobre o nosso ~relacionamento~. Contava pras minhas amigas e elas achavam o máááximo eu ter um namorado tão lindo, fofo, cavalheiro (oiq? Cavalheiro com 12 anos?), essas mentiras todas que eu contava.
(Violinos, por favor) O que ninguém sabia era que, pra ele, eu era só a prima esquisita do amigo dele. ;~ #foreveralone
Uma vez, estávamos brincando de pique-pega quando eu tropecei e caí feio Expectativa: ele ficou mega preocupado comigo, me ajudou a levantar, perguntou se eu tava bem e me deu um beijo.
Realidade: ele riu HOR-RO-RES e me zoou a tarde inteira! Hahaha que cretino! Se ele soubesse que a gente namorava, jamais faria isso! Duvido!
No dia seguinte resolvi que terminaríamos. Contei pras meninas que brigamos. Ele me ligava, eu batia o telefone na cara dele e ele ligava de novo. Todo um ciclo de “liga-desliga na cara-liga de novo-desliga-liga-etc etc etc” que eu aprendi na Malhação.
Pra mim, a história tinha morrido ali, assim como o Diogão, que foi desaparecendo com o tempo.
Um belo dia, mais ou menos dois anos depois (quando eu já beijava e não precisava mais mentir), fui a uma excursão junto com meu primo e meu sobrinho, que era um língua de trapo (FDP! FDP!) e eu não sabia (!). Ele perguntou ao nosso primo se era verdade que eu havia namorado o amigo dele. A resposta? RISOS HISTÉRICOS. Sério. Não respondeu. Só riu muito. =(
Fui desmascarada, morri de vergonha e não menti mais sobre ter ficado com alguém. Pelo contrário. Depois até mentia que não tinha beijado fulano coisíssima nenhuma! Quem nunca?
Ainda sou esquisita, mas não minto mais. Serião!
To usando o blog pra me livrar das mentiras do passado, gente! Me ajuda!

Uma beija.